sexta-feira, 25 de março de 2011

Eleitoralismo é fingir que se avaliam os professores

Depois de o primeiro-ministro ter declarado que tem muito a dizer sobre a suspensão do modelo de avaliação dos professores, eis que imediatamente o PS vai pedir a fiscalização da revogação do modelo de avaliação de docentes, hoje aprovada no parlamento. A coreografia como de costume está bem montada: trata-se de desenterrar um velho truque, no qual os socialistas são peritos, e que consiste em lançar a população contra os docentes. É fácil, barato, demagógico e dá votos. Basta ler as caixas de comentários dos jornais, onde fervilham as indignações anti-professores, para se perceber o quão popular é avaliar professores. 
No entanto, muitos daqueles que permanentemente criticam os professores e a sua recusa em aceitar este modelo de avaliação, são os mesmos que não se indignam por o modelo  hoje revogado só apurar "Bons", "Muito Bons" ou "Excelentes". Insistem em ter um sistema de avaliação que não avalia nada nem ninguém,  apenas porque estão convencidos que é eficaz, e que com isso metem os malandros dos professores na linha.  A estes opinadores de bancada só isso que lhes interessa, e no meio de tanta cegueira não conseguem perceber o básico: o modelo de avaliação de professores aprovado pelo Governo apenas tem dois objectivos - o domínio socialista de todo o sistema de ensino e os grandes dividendos eleitorais que ele proporciona. 
Fingir que se avaliam os professores é que tem dado votos.

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